sábado, outubro 30

A CONFIGURAÇÃO ACTUAL DO MUNDO


A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, em russo: Союз Советских Социалистических Республик - CCCP, também conhecida por União Soviética ou simplesmente URSS, foi um país de proporções continentais declaradamente socialista que existiu na Eurásia de 1922 a 1991.
Emergindo do Império Russo, após a Revolução Russa de 1917 e da Guerra Civil Russa (1918–1921), a URSS foi uma nação constituída por várias repúblicas soviéticas, porém a sinédoque Rússia, após a República Socialista Federativa Soviética da Rússia, é o maior estado constituinte. Os limites geográficos da União Soviética variaram com o tempo, porém após as últimas maiores anexações territoriais dos países bálticos do leste, da Polónia e da Bessarábia, território que se distribui entre a Moldávia e a Ucrânia e alguns outros territórios, durante a Segunda Guerra Mundial (1939/1945) até à sua dissolução, as suas fronteiras, aproximadamente, correspondem às do Império Russo, com exclusões da Polónia e da Finlândia.
Como o maior e mais antigo Estado constitucionalmente socialista em existência, a União Soviética tornou-se o modelo primário para futuras nações socialistas durante a Guerra Fria; o governo e a organização política do país foram definidos pelo único partido político, o Partido Comunista da União Soviética.
De 1945 até à sua dissolução em 1991, período conhecido como Guerra Fria, a União Soviética e os Estados Unidos da América foram as únicas duas superpotências mundiais que dominavam a agenda global da política económica, assuntos externos, operações militares, intercâmbios culturais, avanços científicos, incluindo o pioneirismo na exploração espacial, desportos, incluindo os Jogos Olímpicos e vários outros campeonatos mundiais.
A União Soviética, durante a Guerra Fria, tinha criado um poderoso bloco socialista que se estendia da Europa Oriental até à América, passando pelo Extremo Oriente, Sudeste Asiático, Médio Oriente e pela África. Esse bloco era a área de influência directa soviética e submetia-se aos comandos económicos, políticos e militares de Moscovo.

Inicialmente criada como a união de quatro Repúblicas Soviéticas Socialistas, a URSS cresceu até chegar a conter 15 Repúblicas Unidas em 1956: Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Cazaquistão, Estónia, Geórgia, Letónia, Lituânia, Moldávia, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão, Turquemenistão, Ucrânia e Usbequistão. A Federação Russa é o Estado sucessor para a URSS, União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. A Rússia é o principal membro da Comunidade dos Estados Independentes e um reconhecido poder global, beneficiando dos seus emigrantes no estrangeiro e da sua força militar herdada da antiga União Soviética.
O Pacto de Varsóvia ou Tratado de Varsóvia foi uma aliança militar formada em 14 de Maio de 1955 pelos países socialistas do Leste Europeu e pela União Soviética, países estes que também ficaram conhecidos como bloco socialista. O tratado correspondente foi firmado na capital da Polónia, Varsóvia, e estabeleceu o alinhamento dos países-membros com Moscovo, estabelecendo um compromisso de ajuda mútua em caso de agressões militares.

O Pacto de Varsóvia foi instituído em contraponto à NATO ou OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma organização internacional de colaboração militar estabelecida em 1949 em suporte do Tratado do Atlântico Norte assinado em Washington a 4 de Abril de 1949, que uniu os países da Europa Ocidental e os Estados Unidos para prevenção e defesa dos países-membros contra eventuais ataques vindos do Leste Europeu, por vezes chamada Aliança Atlântica,

Durante a "Guerra Fria", várias vezes o mundo esteve à beira do terceiro conflito global.

Os países que fizeram parte do Pacto de Varsóvia eram alguns nos quais foram instituídos governos socialistas pela URSS, após a Segunda Guerra Mundial. União Soviética,  Alemanha Oriental, Bulgária, Hungria, Polónia, Checoslováquia, Roménia e Albânia que foram os países membros, sendo que a estrutura militar seguia as directrizes soviéticas. A Jugoslávia, por oposição do Marechal Tito, recusou-se a ingressar no bloco. Porém, as principais acções do Pacto foram dentro dos países-membros para a repressão de revoltas internas. Em 1956, tropas russas reprimiram manifestações populares na Hungria e na Polónia, e em 1968, na Checoslováquia, na chamada Primavera de Praga.
As mudanças no cenário geopolítico da Europa Oriental no final da década de 1980, com a queda dos governos socialistas, o fim do Muro de Berlim, o fim da Guerra Fria e a crise na URSS levaram à extinção do Pacto de Varsóvia em 31 de Março de 1991. O fim do Pacto de Varsóvia representou, também, o fim da Guerra Fria.
Seis anos depois, a NATO convidou a República Checa,  Hungria e Polónia a ingressarem na organização, demonstrando uma nova configuração das forças militares na Europa pós guerra fria.

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