domingo, julho 25

HISTÓRIAS DEBAIXO D`ÁGUA E AS BOAS RECORDAÇÕES

Todas as ocasiões que se vivem são únicas "porque não há volta" ninguém consegue vive-las, jamais da mesma forma, assim como um corpo nunca se banha na mesma água.
Embora alguns mergulhos tenham sido repetidamente semelhantes, outros houve que pela sua peculiaridade, ocasionalmente, deixaram marcas indeléveis na memória das recordações, sem fotografias para partilhar.

Recordo agora dois:

- No Mar Vermelho nunca há nuvens que façam sombra. Recordo que uma vez estando a mergulhar pelos vinte a trinta metros, repentinamente fez-se sombra vinda da superfície. Impossível de imaginar… só se fosse uma embarcação à vela porque a motor ter-se-ia ouvido o som dos seus motores. Virei-me e, espanto… vi um enorme cardume de Jamantas a passar; cada uma delas com uma envergadura de quatro ou cinco metros, sabendo-se que podem atingir os oito metros e três tonaladas de peso. Inofensivas porque são planctónicas e só intimidam pelo seu tamanho.


- Na Ilha de S. Miguel a poucos metros passou por cima de nós um enorme cardume de barracudas cujas dimensões, algumas, deveriam ultrapassar um metro e meio, sabendo-se que podem atingir um metro e oitenta. Intimidadoras como uma alcateia que passa à procura da sua verdadeira presa. Estas sim, são verdadeiramente perigosas.
       
Outra interessante recordação na Ilha de S. Miguel: Aquando do 3º Encontro Nacional de Mergulho, três dos nossos continentais, sorrateiramente foram à caça, para a ponta W da Ilha. Já tinham sido avisados pelos locais que por ali apareciam tubarões e que essa actividade não era a mais recomendável para aquele local. Os três teimosos foram caçar. Caçaram até se cansarem mas, em dado momento, começaram a ver os peixes capturados, pendurados nas bóias, partidos ao meio. Ouvi dizer que só tiveram tempo de fugir e largar todo o equipamento que perderam. 
    

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