terça-feira, novembro 30

MACHISMO / FEMINISMO / IGUALDADE DE DIREITOS


Machismo ou chauvinismo masculino é a crença androgénica de que os homens são superiores às mulheres.
A palavra "chauvinista" foi originalmente usada para descrever alguém fanaticamente leal ao seu país, mas a partir do movimento de libertação da mulher, nos anos 60, passou a ser usada para descrever os homens que mantêm a crença na inferioridade da mulher. No espaço lusófono, a expressão "chauvinista masculino" ou, simplesmente, "chauvinista" também é utilizada, mas "machista" é a expressão mais usual.
É bastante comum a ideia de que o feminismo é um equivalente directo ao machismo, o que é um equivoco, já que a filosofia que apregoa a "superioridade feminina" é chamada de “femismo”, palavra pouco conhecida, o que frequentemente gera confusões, já que muitos ainda preferem referir, erroneamente, esta filosofia como o próprio feminismo, porém, numa vertente radicalizada de androfobia.
A teoria feminista é uma extensão do feminismo para os campos teóricos ou filosóficos, e abrange obras numa série de disciplinas, que incluem a antropologia, a sociologia, economia, estudos femininos, crítica literária, história da arte, psicanálise e filosofia. A teoria feminista tem como meta compreender a desigualdade entre os sexos e mantém o seu foco nas políticas relacionadas aos mesmos, às relações de poder e à sexualidade, ao mesmo tempo que fornece uma crítica destas relações sociais e políticas. A maior parte da teoria feminista visa a promoção dos interesses e direitos das mulheres. Entre os temas explorados pela teoria feminista estão a discriminação estereotipada, objectualização, especialmente a sexual, a opressão e o patriarcado.
A feminista e crítica literária americana Elaine Showalter descreve o desenvolvimento em fases da teoria feminista; ela chama a primeira fase de "crítica feminista", na qual a leitora feminista examina as ideologias por trás dos fenómenos literários; a segunda ela chama de "ginocrítica", na qual a "mulher é a produtora de significado textual", incluindo "a psicodinâmica da criatividade feminina, a linguística e o problema de uma língua feminina, a trajectória da história e da carreira literária feminina, individual ou colectiva." A última fase é chamada por ela de "teoria do género", na qual a "inscrição ideológica e os efeitos literários do sistema de sexo/géneros" são explorados.  
A académica Toril Moi criticou este modelo, que viu como um modelo essencial e determinista para a subjectividade feminina, que não consegue levar em conta a situação das mulheres fora do Ocidente, mais precisamente nos países islâmicos.
Vai demorar alguns anos até que a mulher possa assumir globalmente o seu direito à igualdade que é ainda uma questão arraigada, pontualmente, à religiosidade e à cultura. Nas suas diferenças fisiológicas o homem e a mulher completam-se, na sua vertente individual (hetero/homo) interagem colectivamente na formação de uma sociedade activa, justa, sem dissemelhanças nos seus inquestionáveis direitos, nas suas capacidades intelectuais e de género. Virá o dia em que os conceitos "machista" e "feminista" deixarão de ter significado por se tornarem obsoletos.
   

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