sábado, novembro 20

NATO-OTAN E A ACTUAL DIVISÃO DO MUNDO DO SEC. XXI


Acabou a cimeira de Lisboa e já todos os governantes presentes regressaram aos seus respectivos países em boa segurança.
Depois de todos os receios fundados de ataques terroristas e distúrbios violentos, comparativamente às manifestações habituais contestatárias a que o mundo já se habituou a ver, em directo, noutros países em idênticas ocasiões, agora tudo correu sem atropelos e dentro da relativa normalidade.

Todo o sistema de alta segurança foi activado e, sem dúvida, as forças de segurança portuguesas estão no topo da evidência; os serviços secretos, fronteiras, polícias, marinha e força aérea, devem ser homenageados. Não é a primeira vez que o demonstram e por isso aqui vai: parabéns…! Parece que somos eficientes na segurança interna e na diplomacia externa com o tal chamado jogo de cintura. 

Quanto às perspectivas de futuro, ainda subsistem muitas e grandes dúvidas:

A NATO foi uma criação do após segunda guerra mundial que ficou a cargo dos Estados Unidos, durante a guerra fria e até para além da queda do muro de Berlim, mas agora era, sem dúvida, necessário reformular a sua estratégia e actividade militar conjunta de intervenção rápida antiterrorista, controlo do ciberespaço, bem como o seu posicionamento político - países da União Europeia - face à actual situação económica e geopolítica, nomeadamente no Iraque e Afeganistão; foi estabelecida uma meta de ocupação militar "Nato" até 2014, mas o treino policial e militar dos afegãos é muito problemático devido ao seu estado generalizado de analfabetismo. Suspeita-se que em quatro ou cinco anos não se consiga estabelecer uma força afegã capaz de combater as forças bem armadas dos extremistas talibans e al-qaeda que continuam a ter apoios estranhos.      
Os estados Unidos e a Rússia ainda não ratificaram o último acordo START do passado 8 de Abril em Praga, mas Obama perdeu pontos na Câmara dos Representantes e agora vai ter que renegociar com os democratas republicanos do círculo Bush e alguns senadores do "contra" do seu próprio partido;

Dmitri Medvedev deixou bem claro que é situação incondicional para a pretendida "colaboração russa", discutida na cimeira, quanto à colocação da linha defensiva antimíssil. Para além disso, a Europa vai ter que encontrar uma plataforma interna de percepção, nomeadamente aos desentendimentos e controlo mediterrânico: Espanha (Gibraltar) / Eta ; Turquia / Chipre, sem falar no Mar do Norte, Irlanda (IRA) e Inglaterra.
É bem melhor a gente ver tentativas preventivas de entendimento do que procurar solucionar conflitos bélicos como foram os do Kosovo e da Bósnia.
A ausência da América Latina foi evidente e todos esses acordos têm que se estender inevitavelmente ao Atlântico Sul e Pacífico, mas colocar ingleses e argentinos, brasileiros, colombianos, bolivianos e venezuelanos na mesma mesa tem, de certo modo, alguma dificuldade, bem como a Alemanha com a aceitação da Turquia na União Europeia. A Austrália apesar de não pertencer à NATO esteve presente e, como sempre colaborante.
Quais são actualmente as outras partes beligerantes no cenário deste globo único chamado Terra: (China ou Índia?). Quanto ao Médio Oriente, entre israelitas, Irão e palestinianos é para esquecer, é um conflito que parece não ter acordo nem fim. Se Bush tivesse continuado no poder, o receio do mundo quanto ao Irão era premente. O Irão e a Coreia do Norte são, de momento, as maiores preocupações dos Estados Unidos e dos países aliados da OTAN.
Porta aviões USA na Coreia do Sul
Na África Subsariana, Angola e Moçambique são referidos como focos de plataforma e distribuição de tráfego de estupefacientes, devido à sua incapacidade de controlo policial terrestre e marítimo. 
Quanto à administração Americana, Obama trouxe alguma tranquilidade à gente. Veremos o que é que o mundo nos reserva na saída desta primeira década do Século XXI e a entrada na segunda década que vem já de seguida.
O QUE FICA DE TUDO ISTO É A ESPERANÇA!
  E foi assim desde o princípio
Parece que esta década do século XXI vai acabar mal. Depois da Cimeira da Nato e dos acordos estabelecidos de parceria com os Estados Unidos as Coreias estão em conflito armado e já houve troca mútua de agressões bélicas. Os Estados Unidos estão e reforçar o seu contingente militar na Coreia do Sul. A China permanece silenciosa e esperemos que assim continue.

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